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  • Plantas adaptogênicas (Parte 1)
  • 30/06/2025
  • Do Laboratorio Proyar gostaríamos de compartilhar com vocês a 1ª parte de um artigo exclusivo para nossos clientes, escrito pelo Dr. Jorge Alonso. Médico, MN 67.640, Diretor do curso de pós-graduação em Fitomedicina da U.B.A. e Presidente da Sociedade Latino-Americana de Fitomedicina.

    Plantas adaptogênicas (Parte 1)

    Introdução

    O estudo das plantas adaptogênicas surgiu na década de 1960 na antiga URSS como uma forma de responder a situações de estresse, a fim de evitar o uso de drogas psicotrópicas. A palavra estresse deriva da palavra inglesa stress, que significa tensão, força, compulsão. Foi inventada pelo Prof. Hans Seyle, famoso fisiologista canadense, que a definiu como uma Síndrome Geral de Adaptação (é a primeira vez que essa palavra é mencionada aqui), ou seja, como uma resposta fisiológica do organismo a uma situação não planejada. A reação depende de cada pessoa (resposta individual), pois a mesma situação estressante causa reações diferentes em cada sujeito: enquanto para a maioria das pessoas pode gerar uma resposta nervosa tensa, para outras gera prazer ou é considerada uma reação positiva para sair da depressão ou da indiferença emocional.

    Na medicina convencional, a palavra estresse é usada para se referir a processos físicos, químicos ou emocionais que podem levar a doenças. O estilo de vida exigente e competitivo de hoje em dia aumentou o número de fatores desencadeantes a tal ponto que a palavra estresse já é comum na linguagem cotidiana. A resposta ao estresse também depende da idade da pessoa. Estudos recentes indicam que uma pessoa de 70 anos tem uma tolerância ao estresse menor, de quase 50%, em comparação com uma pessoa de 40 anos.

    Há dois tipos de estresse: eustress (conhecido como estresse bom) e distress (conhecido como estresse ruim). O estresse é realmente necessário para o organismo, pois atua como um motor para o funcionamento correto do organismo. Por outro lado, quando a situação estressante se prolonga no tempo, ela se transforma em angústia, o que é negativo para o indivíduo. Os estressores podem ser físicos, psicológicos, emocionais, socioculturais, comportamentais ou econômicos. Diferentes fases podem ser observadas diante de um fator de estresse:

    Fase de alarme: Prepara o corpo para a ação (sistema simpático). Fase de adaptação: Reequilibra o corpo para o relaxamento ou descanso (sistema parassimpático). ● Fase de fadiga: Quando o estímulo persiste, o corpo não consegue se recuperar, fazendo com que o organismo esgote seu combustível. Isso leva ao cansaço e à fadiga física e mental, e o corpo precisa se esforçar cada vez mais para realizar a mesma tarefa. Isso leva ao estresse crônico, que favorece o surgimento de doenças.

    Doenças e sintomas do estresse

    Hipertensão: pode sobrecarregar a função renal e levar a derrames. Úlceras estomacais: Há aumento da secreção de ácido clorídrico e aumento da sensibilidade das paredes do estômago, causando náusea e dor. ● Anorexia nervosa: é muito comum em adolescentes e caracteriza-se pela recusa em comer, associada à distorção estético-corporal.

    Colite ulcerativa e enterite: consiste na inflamação do cólon, que pode levar à natureza crônica do processo. Asma: causada por problemas emocionais. Distúrbios de pele: queda de cabelo, eczema, erupções cutâneas, etc.

    Distúrbios graves de humor: Ansiedade, depressão, irritabilidade, insônia, ataques de pânico, logorreia (falar demais), dramatização de eventos simples, impaciência, roer unhas, etc.

    Diminuição da atividade do sistema imunológico: resfriados frequentes, fácil transmissão de patologias do trato orofaríngeo-respiratório, tanto vírus quanto bactérias. Aumento da geração de substâncias conhecidas como radicais livres ou oxidantes: facilidade para desenvolver doenças degenerativas (câncer, osteoartrite, arteriosclerose, etc.). ● Outros: dores de cabeça, falta de concentração, desequilíbrios hormonais, suor excessivo, etc.

    Plantas medicinais indicadas para estresse:

    As plantas medicinais são um grande aliado quando se trata de lidar com o estresse. Elas incluem, em primeiro lugar, espécies com efeito sedativo, muitas das quais são usadas desde tempos imemoriais: Valeriana officinalis, Passiflora spp, Tilia spp, Melisa officinalis, Humulus lupulus, Citrus aurantium, Matricaria recutita, Lavandula spp etc.
    No caso da valeriana, camomila, tília e passiflora, descobriu-se que elas contêm flavonóides (iridóides e óleo essencial no caso da valeriana) que atuam nos receptores GABA-A da mesma forma que os compostos benzodiazepínicos, como diazepam, bromazepam ou lorazepam. Embora seu efeito seja de 5 a 10 vezes menor, a vantagem é que eles não causam dependência ou tolerância ao longo do tempo.
    Apenas algumas precauções precisam ser tomadas com a valeriana em termos das doses utilizadas. O fato de serem menos ativos que os benzodiazepínicos é uma vantagem: a margem terapêutica é muito mais segura (praticamente não há casos de intoxicação por superdosagem). Além disso, muitas vezes só é necessário prescrever uma pequena dose de sedativo em casos de irritabilidade nervosa, pois iniciar a terapia com drogas psicotrópicas em casos triviais é uma das principais iatrogenias relacionadas a medicamentos. No entanto, as plantas sedativas ou ansiolíticas NÃO SÃO PLANTAS ADAPTOGÊNICAS, pois uma planta adaptogênica, além de melhorar a adaptação de um indivíduo a um ambiente negativo, deve ATUAR EM VÁRIOS OUTROS FATORES AO MESMO TEMPO, EM PARTICULAR NO SISTEMA IMUNOLÓGICO.

    Plantas adaptogênicas

    Essas plantas nos permitem equilibrar nosso organismo diante de qualquer situação estressante, seja ela interna ou proveniente de um ambiente negativo. Originárias de habitats inóspitos na maioria dos casos, elas atuam como verdadeiros tônicos, melhorando, em geral, a atividade física e cerebral, a recuperação durante a convalescença, aumentando a atividade do sistema imunológico, protegendo o fígado contra agentes tóxicos e melhorando a tolerância à glicose. Também são verdadeiros antioxidantes, ajudando a melhorar a atividade do sistema cardiocirculatório, pois muitas delas atuam sobre os níveis de colesterol plasmático, aumentando o HDL-colesterol e reduzindo o LDL-colesterol.
    Um dos primeiros pesquisadores a falar sobre plantas adaptogênicas foi o Prof. I. Brekhman, da Academia de Ciências da antiga URSS. Os primeiros estudos foram realizados com Panax ginseng (ginseng coreano) e Eleutherococcus senticosus (ginseng siberiano). Brekhman e seus colaboradores falaram de remédios adaptogênicos como aqueles que servem para aumentar a resistência não específica do organismo a situações externas de várias origens. Se analisarmos essa definição, perceberemos que ela vai além do conceito de plantas tônicas.

    As plantas adaptogênicas incluem:

    ✔ Raiz de ginseng coreano (Panax ginseng)

    ✔ Raiz de equinácea (Echinacea angustifolia, E. purpurea)

    ✔ Casca da raiz de Eleutherococcus (Eleutherococcus senticosus)

    ✔ Raiz de Withania (Withania somnifera)

    ✔ Raiz de Astragalus (Astragalus membanaceus)

    Raiz e casca de Aralia (Aralia racemosa, Aralia manchurica)

    Fruto e semente de Schizandra (Schizandra chinensis)

    Raiz de Rhodiola rosea


    Planta inteira de Andrographis paniculata
    . Planta inteira de Hopea dichotoma
    Raiz de Rhaponticum carthamoides Folhas de manjericão roxo (Ocimum sanctum)
    ✔ Cogumelos medicinais (Shiitake, Maitake, Reishi, etc).

    Ele continuará em segunda parte.

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